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Third Album - The Jackson 5

  • Autorenbild: Luiz Eduardo Bedoia
    Luiz Eduardo Bedoia
  • 16. Apr.
  • 3 Min. Lesezeit

Hoje, vamos abrir a cápsula do tempo e desembarcar em 1970, um ano frenético e dourado para a música pop, especialmente para cinco irmãos que estavam conquistando o mundo: The Jackson 5. O convite é para mergulhar no "Third Album" deles, um disco que, garanto, tem muito a dizer – e a fazer você dançar – ainda hoje, em pleno 2025. Mais do que isso, é uma porta de entrada para entender não só a gênese de um Rei do Pop, mas a importância monumental da lendária gravadora Motown.



Antes de falar do disco em si, um pit stop necessário. A Motown Records, fundada por Berry Gordy em Detroit, não foi apenas uma gravadora; foi uma revolução. Em um país ainda marcado pela segregação racial, a Motown lapidou e lançou uma constelação de artistas negros – Stevie Wonder, Marvin Gaye, The Supremes, The Temptations, Smokey Robinson – criando o "Som da Jovem América". Era música pop com alma, feita com produção impecável (pela lendária banda de estúdio Funk Brothers), composições viciantes e um objetivo claro: quebrar barreiras raciais e tocar em todas as rádios. Conhecer a Motown é entender uma parte crucial da história da música popular e da luta por direitos civis.


E no meio desse furacão, surge o The Jackson 5. Liderados por um menino prodigioso chamado Michael Jackson, eles eram pura energia, talento bruto e carisma. Eles não só venderam milhões e quebraram recordes; eles representaram um novo ideal de sucesso negro para o mundo, influenciando incontáveis artistas que vieram depois no pop, R&B, funk e até hip-hop. Ouvir o Jackson 5 é testemunhar o nascimento de um ícone e sentir a pulsação de uma era.


Voltando para o "Third Album", lançado em outubro de 1970, no mesmo ano do estrondoso "ABC", o "Third Album" poderia ser só mais um produto da linha de montagem Motown, mas ele é muito mais. Ele solidifica o estrelato dos irmãos e, crucialmente, mostra uma evolução notável.


O disco abre com a energia contagiante que esperamos do J5, mas logo nos presenteia com seu diamante mais brilhante: "I'll Be There". Quebrando a sequência de hits dançantes, essa balada é um momento de tirar o fôlego. Aqui, um Michael Jackson de apenas 12 anos entrega uma performance vocal de uma maturidade e emoção impressionantes, mostrando uma profundidade que ia muito além do "bubblegum soul". A canção se tornou um hino atemporal de amor e apoio, e um dos maiores sucessos do grupo, provando sua versatilidade.


Mas o álbum não vive só de balada. "Mama's Pearl" é Jackson 5 em sua melhor forma rítmica: groove irresistível, harmonias vocais intrincadas e aquele baixo pulsante característico da Motown. Faixas como "Goin' Back to Indiana" e "Darling Dear" mantêm o padrão altíssimo, misturando a doçura pop com a pegada funk/soul que era a marca registrada do grupo e da gravadora. A produção é impecável, cada instrumento no seu lugar, criando um som coeso e vibrante.


Ouvir o "Third Album" hoje é mais do que nostalgia. É entender como se fazia música pop de altíssima qualidade, com alma e apelo universal. É perceber a genialidade vocal de Michael Jackson desabrochando. É sentir o groove inconfundível da Motown. Para as novas gerações, é uma aula fundamental sobre as raízes da música que consomem hoje e sobre o poder da arte em quebrar barreiras.


Dê o play e permita-se viajar no tempo para a era de ouro da Motown. Curta essa experiência musical rica, divertida e, acima de tudo, importante. Você não vai se arrepender. Boa audição!



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