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Head Hunters - Herbie Hancock

  • Autorenbild: Luiz Eduardo Bedoia
    Luiz Eduardo Bedoia
  • 8. Mai
  • 2 Min. Lesezeit

Esqueça o jazz que você achava que conhecia. Herbie Hancock não veio tocar segundo as regras — ele veio revolucionar o som e botar todo mundo pra dançar.

Poucos nomes no jazz têm a ousadia e a elasticidade criativa de Herbie Hancock. Pianista prodígio, Hancock entrou para o grupo de Miles Davis ainda nos anos 1960, compondo faixas que se tornariam canônicas como “Maiden Voyage” e “Watermelon Man”. Com formação clássica e alma curiosa, Herbie sempre foi mais do que um instrumentista brilhante: ele é um pesquisador sonoro, um alquimista do groove, alguém que jamais aceitou que o jazz devesse ser estático ou sagrado.


Nos anos 1970, ele foi um dos arquitetos do fusion — movimento que eletrificou o jazz ao incorporar rock, funk e música eletrônica. Enquanto Miles incendiava os padrões com Bitches Brew, Herbie já pensava além: queria algo mais direto, mais dançante, mais popular — mas sem perder a complexidade que sempre foi marca do gênero.

É nesse contexto que nasce Head Hunters, em 1973. E o que ele entrega ali não é apenas um disco de jazz-funk: é uma revolução com pegada de festa.


Sua abertura com “Chameleon” já dá o tom: quase 16 minutos de um groove hipnótico, liderado por um baixo que anda sozinho, sintetizadores que brilham como neon e solos que se esticam e se contraem como serpentes em transe. É impossível ouvir e ficar parado. Herbie transforma o teclado em criatura viva — orgânica e digital ao mesmo tempo.


Depois, ele revisita a clássica “Watermelon Man” em versão futurista — com uma introdução percussiva inspirada nos cantos dos pigmeus africanos e um riff que gruda como chiclete de outro planeta. É jazz? É funk? É uma viagem interplanetária.

O álbum segue com “Sly”, homenagem a Sly Stone, um dos mestres do funk psicodélico, e fecha com “Vein Melter”, que desacelera o pulso mas mantém a pulsação — como um respiro cósmico após uma dança ritualística.


Herbie Hancock não apenas fez história com Head Hunters — ele abriu caminhos que reverberam até hoje na música. Ele nos mostrou que a cabeça e o corpo podem pensar juntos, que a tradição e a inovação caminham de mãos dadas, e que o jazz tem mil faces prontas para nos surpreender... e nos fazer dançar! Este não é apenas um álbum para ouvir; é um álbum para sentir na pele. Então, pare tudo, coloque 'Head Hunters' para tocar com o som no talo e deixe o groove te levar!



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