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Sankofa - Amaro Freitas

  • Autorenbild: Luiz Eduardo Bedoia
    Luiz Eduardo Bedoia
  • 3. Mai
  • 3 Min. Lesezeit

Prepare seus ouvidos e sua alma para uma viagem atemporal!

Imagine um som que te puxa para o passado, te ancora no presente e te lança para o futuro — tudo ao mesmo tempo. Assim é Sankofa, o álbum arrebatador do pianista e compositor pernambucano Amaro Freitas. Mais do que um disco, é uma imersão sonora que desafia fronteiras e provoca sentidos.

O título entrega a densidade da proposta: Sankofa é uma palavra do idioma akan, da África Ocidental, que significa “voltar e buscar o que ficou para trás”. É um chamado para mergulhar nas raízes, resgatar saberes esquecidos e, a partir deles, construir novos caminhos. Amaro traduz esse conceito em música com uma sensibilidade rara e uma ousadia brilhante.

Assim como Exu, na sabedoria ancestral, age no presente com a consciência de que o tempo reverbera e dobra sobre si — Exu matou um pássaro ontem com uma pedra que só jogou hoje —, Amaro Freitas lança sua pedra sonora em Sankofa e acerta em cheio no tempo que virá. Laroyê, Amaro!


A Fusão Que Incendeia: Jazz com a Alma Brasileira

Em Sankofa, Amaro infunde o jazz com a força vibrante da musicalidade afro-brasileira e a riqueza rítmica do Nordeste. Ouça como frevo, maracatu, baião e outras pulsações ancestrais se entrelaçam com a liberdade do jazz moderno, criando uma experiência sonora tão ancestral quanto futurista.

O piano de Amaro conduz a jornada: ora percussivo, ora etéreo, sempre surpreendente. Ele dialoga com a bateria e o contrabaixo em uma cadência hipnótica, ao mesmo tempo dançante e profunda. O que se ouve é um jazz orgânico, com batida própria, sem concessões à repetição ou à previsibilidade.

É fascinante como cada faixa consegue fazer o ouvinte querer dançar e, ao mesmo tempo, mergulhar em introspecção. O ritmo pulsa, mas nunca sufoca a reflexão.


Histórias Que Soam e Improvisos Que Voam

Faixas como “Tremor” e “Paz” mostram que Amaro se aventura pelo experimentalismo com propósito. Nada ali é gratuito. Cada composição soa como um mantra, uma narrativa sonora sobre identidade, transformação e resistência.

As linhas melódicas são carregadas de emoção. E as improvisações — ah, as improvisações! — são como rajadas de liberdade, onde o talento descomunal de Amaro se revela por inteiro. Cada solo é uma conversa com o mundo invisível, com o passado e o porvir.


Olhar Para Trás, Saltar Adiante

Com Sankofa, Amaro Freitas mostra ao mundo que a música brasileira não precisa ser encaixotada. Ela pode ser selvagem e sutil, complexa e popular, ancestral e futurista — tudo ao mesmo tempo. Ao invés de repetir fórmulas, ele propõe um novo idioma: um jazz falado com sotaque nordestino, que carrega tambores, histórias e espiritualidade.

A abordagem de Amaro é, na essência, um convite: assim como nos ensina o conceito de Sankofa, ao olhar para trás com respeito, encontramos o impulso certo para criar o que ainda virá.


Conclusão: Ouça com Corpo Inteiro

Sankofa é um álbum de múltiplas camadas — ao mesmo tempo uma obra-prima do jazz contemporâneo e um mergulho profundo nas sonoridades que fazem o Brasil vibrar. Amaro Freitas não apenas revisita tradições: ele as reinventa com a ousadia de quem sabe que música também é feitiçaria do tempo.

Se você é fã de jazz, ama a música brasileira ou simplesmente está em busca de uma obra que te expanda e emocione, Sankofa é ESSENCIAL na sua audição.

PARE TUDO AGORA E OUÇA SANKOFA! Deixe-se levar por essa jornada sonora. Sinta o ritmo, a complexidade, a ancestralidade e o futuro pulsando em cada nota.



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