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Curtis Mayfield - SuperFly

  • Autorenbild: Luiz Eduardo Bedoia
    Luiz Eduardo Bedoia
  • 11. Juli 2016
  • 2 Min. Lesezeit

Vamos tentar manter a temperatura alta durante essa semana, pois depois do JB vamos com ele, Curtis Lee Mayfield, cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista Curtis Mayfield nasceu em Chicago em 3 de junho de 1942 e ganhou notoriedade na década de 60, como vocalista e compositor do grupo de soul The Impressions. Nadécada de 70, sua carreira solo decolou e deu a ele reconhecimento digno de um mestre. Seu estilo reúne a força dos metais e os grooves mais dançantes do soul e do funk, com extravagantes arranjos de cordas e piano, além de traços marcantes do astro, como seu gosto por levadas de guitarra recheadas de wah-wah, seus vocais em falsete e suas letras engajadas sócio-politicamente diante dos movimentos negros em busca dos direitos civis.


Em 1990, sua carreira sofreu forte declínio devido a um bizarro acidente durante uma apresentação, quando um poste de luz caiu sobre Curtis, deixando-o tetraplégico. A partir de então, as dificuldades físicas o afastariam da vida artística, mas ele ainda teve forças para gravar, muito custosamente – cantando frase por frase -, o álbum New World Order(1995). Enfrentou outra barra pesadíssima ao ter metade da perna direita amputada, em 1998, em decorrência de diabetes, mesma doença que o levaria no final do ano seguinte.


O disco de hoje é considerado sua obra-prima, o álbum "SuperFly" é a trilha sonora do filme homônimo, de 1972, a respeito de um traficante de cocaína que resolve "ajeitar" sua vida para não acabar preso ou morto, mas percebe que sair do crime organizado é muito mais complicado do que se imagina. O disco traz lendárias faixas, como "Little ChildRunnin' Wild", "Pusherman", "Give Me Your Love" e "SuperFly".


O disco é um raro caso de trilha sonora que transcendeu o próprio filme para o qual foi encomendada. Produção típica da era blaxploitation – que, em suas nuances mais caricatas, serviria de inspiração tanto ao clipe “Sabotage”, dos Beastie Boys, quanto para o nosso saudoso “Hermes & Renato”, “Super Fly” estava fadada a ser mais uma historinha de detetives cafajestes e cafetões estilosos das quebradas norte americanas, não fosse a música que soa ao fundo. Esperto e oportunista, Curtis aproveitou o cenário “vida loka” da trama para, ao invés de rasgar seda para os bandidos, acionar um alerta sobre os males daquele universo. Com sua fineza costumeira, ele mostrava que sabia do que estava falando, mas sem soar demasiadamente paternalista (“se você que ser um junkie, ok/ Mas lembre-se que Freddie está morto”, cantava em “Freddie’s Dead”).


Ao lado de nomes como Al Green, Isaac Hayes, Marvin Gaye e Stevie Wonder), Mayfield é também lembrado como um dos pioneiros das músicas de consciência socio-políticas do movimento negro em seu país.


God bless Crutis!

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