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João Donato - Quem é Quem

  • Autorenbild: Luiz Eduardo Bedoia
    Luiz Eduardo Bedoia
  • 28. Juni 2016
  • 2 Min. Lesezeit

João Donato de Oliveira Neto é filho de um major da aeronáutica e nasceu em Rio Branco no dia 17 de agosto de 1934. Desde cedo demonstrou ter mais intimidade com a música, aos cinco anos já tocava acordeon, seu primeiro instrumento, no qual, aos oito anos, compôs sua primeira música, a valsa "Nini". Antes de completar 12 anos, o pai presenteou-lhe com acordeões de 24 e 120 baixos. Em 1945, Donato pai é transferido, e a família tem de deixar Rio Branco rumo ao Rio de Janeiro.


Em pouco tempo, passou a frequentar o circuito musical das festas de colégios da Tijuca e adjacências. Tentou a sorte no programa de Ary Barroso. Intransigente, Ary rodou o tabuleiro da baiana e sequer quis escutá-lo, sob a alegação de que "não gostava de meninos-prodígio".


Ao profissionalizar-se, em 1949, aos 15 anos, Donato já havia participado das jam sessions realizadas na casa do cantor Dick Farney e no Sinatra-Farney Fã Club, do qual era membro. Johnny Alf, Nora Ney, Dóris Monteiro, Paulo Moura e até Jô Soares, no bongô, estavam entre os componentes destas jams.


Donato convivera com todos os expoentes do movimento bossanovista, como João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Johnny Alf, entre outros, mas nunca foi caracterizado como tal, e sim um músico muito criativo e que promove fusões musicais, de jazz e música latina, entre tantos outros.


Na década de 1950, se muda para os Estados Unidos onde permanece durante treze anos e realiza o que nunca tinha conseguido no Brasil: reincorporar a musicalidade afro-cubana ao jazz.


Retornando ao Brasil, reencontra a música brasileira que estava sendo feita no país, mas não abandona sua paixão pela fusão entre o jazz e ritmos caribenhos. Como arranjador participou de discos de grandes nomes da MPB como Gal Costa e Gilberto Gil.


Em visita a Marcos Valle encontra com o cantor Agostinho dos Santos, que pergunta por que a maioria das músicas de Donato não tinham letras, já que eram fantásticas? Daí surgiu a ideia de gravar seu primeiro disco com letras.


Assim vários letristas foram acionados, como Dorival Caymmi, Paulo César Pinheiro, seu irmão Lysias Enio, Geraldinho Carneiro, João Carlos Pádua e o próprio Marcos Valle.

Donato lembra que no meio da correira acabou mandando a mesma música para vários compositores o fez surgir algumas letras diferentes para uma mesma música, como no caso de “Até quem Sabe” que foi letrada por Lysias e por ninguém menos que Caymmi, que vetou sua letra por achar que a do Irmão de Donato era melhor.


A bagagem adquirida foi fundamental nas gravações arranjadas por seu amigo Marcos Valle que, de quebra, acabou produzindo o álbum. Nele João Donato firmou de vez seus preciosos laços com os grooves no piano elétrico e também com o microfone, soltando sua inconfundível voz em pérolas de sua autoria. Nascia um clássico do pop brasileiro, que se tornou essencial ao longo dos anos. Imprescindível.


Todo o respeito e toda a admiração a esse mestre do balanço...




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